Photo Credit: Luiz Fernando/ Sonia Maria |
Alguns
dizem que para atingir a felicidade é preciso abandonar o medo, ter
paciência, jogar na mega-sena e etc. Porém, desconfio profundamente
desses senhores das almas. A felicidade é um estado pessoal de cada
indivíduo, e por isso, ela implica numa perspectiva que assume
formas colossais, ou seja, a felicidade tem muitos viés e muitos
deles são totalmente desconhecido pelos homens.
Então,
é preciso refletir um pouco à respeito desses Brahmas que receitam
a via da felicidade. Quem são vocês para ditar regrinhas de
felicidade? Provavelmente infelizes que não têm o que fazer. Será que esses caminhos
possibilitariam realmente a felicidade? Ou, pelo contrário, seriam
as vielas da dor e do engano, ou seja, da infelicidade? Se a
felicidade não se encontra num paradigma universal, é lógico que a
arte de viver ou a aplicação de algumas técnicas não podem
traduzir a felicidade por completo a cada indivíduo. O que me faz
lembrar de Kant, quando esse nos diz que a felicidade é um ideal da
nossa lúcida imaginação e não fruto da coerência da razão.
A
felicidade não respeita regras vigorosas, e por isso, não podemos
definir técnicas para obtê-la. Nem mesmo podemos dizer que as
experiências do sofrimento é avesso com a felicidade. E nesse
momento alguém pode achar isso estranho, mas diante da questão “quem
determina a felicidade?”, podemos dizer, com certeza, que ela é
subjetiva, portanto, não podemos determinar o que seja felicidade
para cada ser estranho a nós.
Porém,
defendo que mesmo não sendo feliz, pois a felicidade pode ser
apenas reações químicas, o melhor caminho é turbinar a mente com boas informações. Assim, obteremos uma razão fortificada.
Pois sem ela, senhores, não perceberíamos nem mesmo a presença da real felicidade.
E aquela musiquinha que bailam tantos casais apaixonados, um dia
pode haver de ser um Réquiem em Ré menor. É preciso muita reflexão
para compreender até mesmo que já somos felizes e que a ignorância e a
dúvida são únicas árvores podres no nosso quintal.
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