13 de abr. de 2012

Quem são vocês para ditar regrinhas de felicidade?


Photo Credit: Luiz Fernando/ Sonia Maria

Alguns dizem que para atingir a felicidade é preciso abandonar o medo, ter paciência, jogar na mega-sena e etc. Porém, desconfio profundamente desses senhores das almas. A felicidade é um estado pessoal de cada indivíduo, e por isso, ela implica numa perspectiva que assume formas colossais, ou seja, a felicidade tem muitos viés e muitos deles são totalmente desconhecido pelos homens.

Então, é preciso refletir um pouco à respeito desses Brahmas que receitam a via da felicidade. Quem são vocês para ditar regrinhas de felicidade? Provavelmente infelizes que não têm o que fazer. Será que esses caminhos possibilitariam realmente a felicidade? Ou, pelo contrário, seriam as vielas da dor e do engano, ou seja, da infelicidade? Se a felicidade não se encontra num paradigma universal, é lógico que a arte de viver ou a aplicação de algumas técnicas não podem traduzir a felicidade por completo a cada indivíduo. O que me faz lembrar de Kant, quando esse nos diz que a felicidade é um ideal da nossa lúcida imaginação e não fruto da coerência da razão.

A felicidade não respeita regras vigorosas, e por isso, não podemos definir técnicas para obtê-la. Nem mesmo podemos dizer que as experiências do sofrimento é avesso com a felicidade. E nesse momento alguém pode achar isso estranho, mas diante da questão “quem determina a felicidade?”, podemos dizer, com certeza, que ela é subjetiva, portanto, não podemos determinar o que seja felicidade para cada ser estranho a nós.

Porém, defendo que mesmo não sendo feliz, pois a felicidade pode ser apenas reações químicas, o melhor caminho é turbinar a mente com boas informações. Assim, obteremos uma razão fortificada. Pois sem ela, senhores, não perceberíamos nem mesmo a presença da real felicidade. E aquela musiquinha que bailam tantos casais apaixonados, um dia pode haver de ser um Réquiem em Ré menor. É preciso muita reflexão para compreender até mesmo que já somos felizes e que a ignorância e a dúvida são únicas árvores podres no nosso quintal.

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