13 de abr. de 2012

Entre outras...palavras...


Perco-me.

Chaves perdidas,
Passos perdidos,
Lágrimas esmagando face.

Um olhar perdido
No escuro da rua,
No escuro do teu eu.
Não te encontro,
Perco-me.
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Suicídio Empírico
 
Comprei uma lata de sardinha, farinha e tomates
na barraca de Zé .
Acendi o fogo e assei tudo.
A sardinha, a farinha, o tomate,
a confusão, a depressão e as dúvidas.

Degustei tudo ao sabor da culpa.
Ouvindo o pipilar dançante da solidão.
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Sem Rótulos sociais.

Não dá para pensar em igualdade
sem respeito pela diversidade
de corações,
de mentes,
de pensares,
de paixões.

Qualquer esforço contra as diferenças
é somente conjecturas utópicas e
nada mais que isso.

Não entendo o pierrô que pensa que tudo é definido em torno de uma só denominação
como se um ser
fosse um único ser
e não a essência de múltiplos seres inanimados ou não.

Tudo que é criado
não deixa de ser uma recriação
de juízos de diversos indivíduos.
A própria descoberta da necessidade criadora
é contagiada por diversos fluxos criativos.

Essa forma de discorrer enaltece a liberdade de ser
em qualquer momento
branco, negro, índio, punk, americano, chinês...
De estar integrado ao Brasil,
de me sentir azul.

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