Segunda observação colocada por Marx contra as ideias de Proudhon
Na obra, escrita por Karl Marx, "A miséria da filosofia", o alemão faz fortes críticas as ideias anarquistas de Pierre-Joseph Proudhon. Uma das críticas relacionada com obra é da compreensão do conceito de categorias econômicas. Karl Marx argumenta que as categorias econômicas representam somente as expressões teóricas das relações sociais de produção. Assim, ele aponta para o equívoco anarquista e acrescenta que Proudhon
"Compreendeu muito bem que os homens fazem os tecidos de lã, algodão e seda em relação determinada de produção. Mas o que não compreendeu é que estas relações sociais determinadas são também produzidas pelos homens, como os tecidos de algodão, linho, etc." (Marx, 1989, p. 106)
Novamente acusa os anarquistas de cometerem o erro hegeliano de inverter os aspectos da realidade. Marx sentiu, nesse aspecto, que o mal se encontrava na velha dialética e assim era preciso trantornar definitivamente o seu germe.
Não aceitava ver as relações reais sendo transformadas em princípios abstratos. E viu a necessidade de trabalhar com as categorias econômicas com o intuito de trazer à tona a compreensão dos aspectos capitalistas. Para Marx, era preciso ter cuidado para não cair no equivoco de tomar conceitos como realidade em si.
Em carta enviada a J. B. Scheweitzer, ele nos diz,
"... ao invés de considerar as categorias econômicas como expressões teóricas de relações de produção históricas e correspondentes a um determinado nível do desenvolvimento da produção material, converte-as, absurdamente, em ideias eternas, preexistentes." (MEW, v.16, p.28)
Essa é a segunda observação feita contra as ideias anarquistas do livro "Filosofia da Miséria", escrita por Proudhon.
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