Sítio do pica-pau amarelo - Rede Globo |
É difícil pensar a minha infância sem a série de tv "Sítio do pica-pau amarelo" (na época o "picapau" era separado por hífen, e por isso, irei respeitar a denominação original). Sabia de cor o horário que passava e esperava ansioso essa hora chegar. Muito que sei sobre mitologia, sobre a influência dos mitos na cultura, aprendi, ou percebi, vendo essa produção. Minotauro, a Cuca, Visconde, Emília, Saci Pererê e etc, fizeram com que a minha figura infantil absorvesse as problemáticas reais do mundo dos adultos de um jeito lúdico, leve e lírico. Da mesma forma que os gregos ouviam o poeta Homero, nós, brasileiros da geração de 80, estávamos sendo influenciados pelas belas histórias dirigidas por Geraldo Casé.
Quando Visconde. ou seja, o grande ator André Valli, nos deixou, em 20 de junho de 2008, senti uma tremenda tristeza. E não é para menos. Nem todos da nossa família frequenta tanto a nossa casa como esses atores da televisão. E há aqueles parentes que gostaríamos que frequentasse bem menos, ou, que frequentasse jamais. E a visita de Ándre Valli era sempre associada a diversão e alegria. Por isso, senti o peso da perda de alguém muito querido, muito estimado.
Nesse momento, próximo do aniversário de Monteiro Lobato, peço obrigado por essa produção. Peço obrigado por estimular a minha imaginação, por tornar a minha infância tão agradável. Vocês, todos vocês, que participaram desse empreendimento estão de parabéns. Vocês foram os aedos e rapsodos do mundo contemporâneo, transformando relatos da história brasileira e universal num projeto didático para as crianças. Obrigado por trazer essa epopeia para o universo infantil e assim proporcionar cultura de qualidade para os pequenos brasileiros da minha geração.
Obrigado!
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