30 de mai. de 2012

Wittgenstein (Filme - 1993) - Derek Jarman

O filme se encontra no final dessa postagem, porém gostaria de gastar algumas palavras a respeito de Wittgenstein.

O filósofo Wittgenstein é uma dessas figuras intrigantes que produziram obras de extrema importância para humanidade. A sua produção realmente foi diminuta, não conseguiu elaborar um número semelhante , por exemplo, a de Husserl (que mais parecia um coelho quando se trata de produções filosóficas), mas, mesmo assim, essa pequena produção não o deixaria de fora de listas que contivessem pensadores como Aristóteles, Descartes, Kant e Heidegger. O motivo é bastante simples: Wittgenstein tempera sua filosofia com mesmo o rigor megalomaníaco das ciências.

Um filme sobre Wittgenstein entra na numerosa lista de trabalhos que têm o seu nome vinculado. Entre todos os filósofos, nenhum foram dedicados tantas biografias, lembranças pessoais, manuais de filosofia, dicionários filosóficos, assim como documentações fotográficas minuciosamente editadas, anotações de diários e trocas de correspondências.

O que faz, então, alguém ainda querer ver essa produção cinematográfica? Simplesmente a importância da expressão artística de Derek Jaman. O filme tem uma linguagem original para o cinema, não se enquadra no modelo hollywoodiano. É algo parecido com "Manderlay" (2005) e "Dogville" (2003), de Lars Von Trier, e de "Master Harold...and the Boys" (1985), de Athol Fugard (Esse foi produzido para televisão). Essa produção, de 1993, propôs um "nova" linguagem para tratar do então filósofo da "linguagem" e podemos ver alguém que irá influenciar com uma dramatização moderna outros diretores. Mas... essa dramatização não é a mesma utilizada no teatro? Sim! Porém, no cinema, obtém uma nova roupagem e, por isso, podemos dizer que é algo novo.

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