Cindindo a vastidão do Azul
profundo,
Sulcando o espaço, devassando a terra,
A aeronave que um mistério encerra
Vai pelo espaço acompanhando o mundo.
Sulcando o espaço, devassando a terra,
A aeronave que um mistério encerra
Vai pelo espaço acompanhando o mundo.
E na esteira sem fim da azúlea
esfera
Ei-la embalada n’amplidão dos ares,
Fitando o abismo sepulcral dos mares,
Vencendo o azul que ante si s’erguera.
Ei-la embalada n’amplidão dos ares,
Fitando o abismo sepulcral dos mares,
Vencendo o azul que ante si s’erguera.
Voa, se eleva em busca do
infinito,
É como um despertar de estranho mito,
Auroreando a humana consciência.
É como um despertar de estranho mito,
Auroreando a humana consciência.
Cheia da luz do cintilar de
um astro,
Deixa ver na fulgência do seu rastro
A trajetória augusta da Ciência.
Deixa ver na fulgência do seu rastro
A trajetória augusta da Ciência.
Augusto dos Anjos
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Augusto dos Anjos é o maior poeta que conheci nessa orbe terrestre.
Pena que só produziu um único livro. Porém, QUE LIVRO!!! Ele não é
fácil de se absorver, mas acredito que essa é uma de suas melhores
qualidades. O leitor tem que se preparar para tê-lo em mãos. Por
isso... se prepare que a viagem é longa, mas é a melhor viagem que você
poderia ter.
Abraços!!!
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