25 de abr. de 2012

Medo?


Não tenhas medo.
Ele teve pressa demais.

Mas... não tenhas medo.
É só o fim...
poeira, silêncio
e o fim.
Um pontinho final,
uma melodia de jaz.

E não tenhas nojo.
Até palavrões ele não diz mais.
E aquela raiva... se perdeu.
Só ficaram alguns dentes,
pois os vermes não souberam jantá-los.

Não tenhas  mais medo...
Toda pedofilia,
toda crueldade,
toda sua homofobia,
 o chão ignorou
e ao poucos engoliu sua carne.

Não seja tola,
a morte é assim.
Hoje estamos aqui,

amanhã nada garante...

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