Num espetacular passeio pelas belezas de Pernambuco, o Veneza de Brasileiros esteve em Itamaracá. Nas seculares ruínas de um edifício à beira-mar, a história do nosso país foi pacientemente desenhada por homens e pedras.
O Forte Orange, construído em 1631 pelos holandeses em Itamaracá, tem seu nome como uma homenagem a família real holandesa e encontra-se hoje em visível declínio em razão do tempo, sendo bastante danificado também pelo avanço do mar.
Em 1654, os portugueses passaram a habitar o espaço do forte, iniciando a construção da Fortaleza de Santa Cruz de Itamaracá, erguida por cima do forte, edificada curiosamente com óleo de baleia, cal, extraída da pedra calcária, areia da praia, como uma espécie de argamassa, e o rejunte feito a partir de pedras dos arrecifes.
Itamaracá, que em tupi significa “pedra que canta”, foi também o local onde surgiu o nome do Estado de Pernambuco: devido ao canal que lhe adorna a orla, inicialmente denominado Paranambuca, vindo depois a se chamar Phernambuca, até que, depois de sucessivos nomes, adquiriu a atual denominação da Unidade federativa, cujo significado, ao pé da letra, é buraco do mar ou mar que arrebenta.
Está sendo elaborado um projeto, desde maio e com previsão de um ano para conclusão, visando a restauração e aproveitamento, como espaço cultural, o Forte Orange. Trata-se de uma parceria do IPHAN com recursos do BNB, já respaldada numa participação futura de diversas empresas, a maioria de origem holandesa, e cujo trabalho é de relevância absoluta para a captação posterior das verbas de transformação do forte em um pólo centralizador de cultura popular. (mais informações)
Quem atualmente zela pela conservação do forte é o conhecido guardião do forte, senhor José Amaro e sua esposa, através da FUNDAÇÃO FORTE ORANGE, com proventos advindos, principalmente, da bilheteria de visitação.
Quem não conhece ainda o Forte Orange e as belezas naturais e culturais de Itamaracá, não pode deixar de passar por lá. Em visita ao estado de Pernambuco, Itamaracá é parada obrigatória. Afinal poucos são aqueles que já ouviram uma pedra cantar!!!
A serviço da cultura.
O guia “Igarassu”, como é mais conhecido, recebe os turistas no Forte Orange desde os 12 anos, embora faça muitos outros trajetos turísticos, aprendeu espanhol com os próprios visitantes, é bolsista do Wizzard, onde aprende inglês. Concluiu o ensino médio e freqüenta cursinho pré-vestibular na intenção de cursar a faculdade de história.
Texto de Marcos André Carvalho Lins
Imagens de Osvaldo Barreto
2 comentários:
felicidades é a boa sorte tristeza é a saudade quando o tempo passa e nus presentes da vida queremos nossos passados felizes.
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