31 de mar. de 2012

Uma sociedade sem Estado é melhor que um Estado que dá as costas para sua Sociedade...


Uma sociedade sem Estado é melhor que um Estado que dá as costas para sua Sociedade. Isso é verdade e ponto final. Porém, também é verdade dizer que a ideia de uma sociedade sem Estado é coisa de difícil concepção, pelo menos, para a maioria das pessoas. Estamos acostumados, ou melhor, acomodados com essa situação. Estamos sempre esperando que alguém zele pela nossa sociedade, que alguém cuide do Estado e que tenha apreço pelo povo.

A cada eleição aparece um indivíduo transvestido de “salvador da pátria”, porém, esse sujeito, a história nos mostra, é o lobo mau fantasiado de ovelhinha. Para Nietzsche, a ovelha sempre está esperando pelo seu pastor, pelo sujeito que poderá lhe salvar e por isso, a cada momento, essa ovelha fica mais distante de sua realidade, passa a se desconhecer e, num belo dia, o querido salvador da pátria sem nenhuma piedade irá comê-la.

A bela ideia de Estado nasceu com a turma da renascença, que iniciou uma reflexão sobre a relação entre o governo e o povo. Para aquele período, nada mais coerente pois havia ambiente para isso, havia a necessidade de se pensar assim. Um exemplo de reflexão desse período, era do italiano Nicolau Maquiavel (1469-1527) que costumava mostrar que a autoridade política não é resultado de uma forma de mandar.

Essa invenção da modernidade até hoje nos assombra. A china atual é protagonista de atos de censura contra os seus indivíduos e ameaçam com punições severas aqueles que, por exemplo, ávidos por discutir eventos políticos, buscam a internet para se informar e informar os outros a respeito do que está acontecendo. Nas escolas chinesas há um sistema de alienação brutal, chegando a transformar os seus pseudos-líderes em semideuses. Porém, já na modernidade, se pregava que o Estado para ser legítimo não deve recorrer a força. Ele deve ser autorizado a governar.

O problema não desaparece quando há um governo legítimo. Ao dar a devida autorização, o povo e o eleito não devem esquecer que o governante faz parte dessa massa e por isso deveria utilizar, como a maioria das pessoas, somente os serviços que ele diz cuidar. Seus filhos deveriam ir para escola pública, sua família deveria se esbaldar no serviço público de saúde e deveria ser obrigado a utilizar o mesmo serviço de transporte público. O político que não obedecer a esses requisitos está contra sua ideologia de política pública, contra o povo e alheio as necessidades reais do povo. Para ser político é preciso gostar de gente, andar com as pessoas e saber o que acontece no dia-à-dia do povo. Nada de distância!

Veja o atendimento de hospitais muito apreciado pelo nossos governantes:

- Hospital Sírio-Libanês
- REAL Hospital Português


Sabe por que digo isso???

“Se você pensa que tem a solução para os meus problemas, você não tem o que fazer aqui. Se você compreende que o meu problema é também o seu problema, então podemos trabalhar juntos".
(Resposta de uma aborígene a uma oferta de ajuda internacional)

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