Situado na Rua do Pombal, no bairro de Santo Amaro, é o maior cemitério do Recife. Foi criado a partir da lei provincial de 7 de maio de 1841, que autorizava a câmara municipal a tomar imediatas providências para a construção de um cemitério público na cidade. Na comissão criada para a elaboração do projeto, estava o engenheiro francês Louis Vauthier.
Em 1850, o engenheiro José Mamede Alves Ferreira apresentou ao governo da província as plantas e o orçamento para a construção da capela e de duas casas ao lado do portão de entrada que serviriam para acomodar as guardas, o escritório e a administração do cemitério.
Em 1850, o engenheiro José Mamede Alves Ferreira apresentou ao governo da província as plantas e o orçamento para a construção da capela e de duas casas ao lado do portão de entrada que serviriam para acomodar as guardas, o escritório e a administração do cemitério.
Em janeiro de 1851, foi feito o lançamento da pedra fundamental da capela, considerada a primeira edificação com aparência gótica construída no Estado.
Foi inaugurado no dia 1º de março de 1951, com o nome de Cemitério do Bom Jesus da Redenção de Santo Amaro das Salinas, tendo se destindo, inicialmente, ao sepultamento de pessoas vitimadas pelo surto de febre amarela, que não podiam ser sepultadas em igrejas, como era o costume da época.
A concepção arquitetônica do cemitério é radial, com os túmulos distribuídos ao longo de ruas que partem de um ponto central. Ali, está construída uma capela, projetada pelo mesmo engenheiro, encomendada pela Câmara Municipal do Recife em 1853. A capela é um monumento em estilo gótico de cruz grega, fechada por uma só abóbada, sem campanário e sem dependências.
Em 1859, o imperador D. Pedro II visitou o cemitério, quando da sua estada em Pernambuco.
Em outubro de 1870, foi sepultado no cemitério os restos mortais de Francisco do Rego Barros, o Conde da Boa Vista, que na época do início da construção do cemitério era o nosso governador.
Além dele, estão ali sepultadas várias outras figuras notáveis do Império e da República, como Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque, o Visconde de Suassuna; Antônio Peregrino Maciel Monteiro, o Barão de Itamaracá; Miguel do Sacramento Lopes Gama, o Padre Carapuceiro; Bernardo José da Gama, o Visconde de Goiana; Martins Júnior; Joaquim Nabuco, cujo mausoléu foi construído após uma licitação internacional ganha pelo artista plástico italiano Giovani Nicolini; José Mariano; Carlos de Lima Cavalcant; Manuel Borba; Maciel Pinheiro; Agamenon Magalhães Miguel Arraes de Alencar; entre outros.
Também ali estão sepultados o deputado Alcides Teixeira, o estudante Demócrito de Souza Filho, Maria Júlia do Nascimento, a Dona Santa, rainha do Maracatu Nação Elefente, o pintor Vicente do Rego Monteiro, além dos compositores Capiba, Nélson Ferreira e Chico Science.
No cemitério, dois túmulos são especiamente visitados a procura de bençãos: o do menino Alfredinho, falecido em 1959, ao 11 anos e cultuado como santo, e o da Menina Sem Nome, que foi econtrada morta na praia do Pina, em 1970, e nunca foi identificada.
O cemitério de Santo Amaro é considerado por muitos estudiosos como a maior exposição de arte ao livre de Pernambuco.
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Recife, 2008
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Referência:
- FRANCA, Rubem. Monumentos do Recife: estátuas e bustos, igrejas e prédios, placas e inscrições históricas do Recife. Recife: Secretaria de Educação e Cultura, 1977.
Postado por Clóvis Campêlo no Geleia General em 5/03/2012 05:38:00 AM
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